Bem, posso dizer que já me deleitei com alguns poemas na tela. Apesar de nunca ter lido um romance inteiro, os únicos empecilhos verdadeiros para isso são: prejudicar a visão, falta de costume e a pouca velociade com que se lê. Pesquisas comprovam que Lê-se mais rápido no papel, contudo também existem pesquisas empenhadas em suprir essa desvantagem dos livros eletrônicos.
No entanto, pensando de forma pecuniária, dou razão a Llosa. Se a moda pegar, pode trazer problemas para quem vive de escrever. Pior do que o que as MP3 são hoje para os músicos, porque estes são convidados para fazer ‘shows’, mas aqueles não. Um problema que talvez o ‘download’ de filmes e a pirataria de forma geral já traga para cineastas.
Talvez o futuro da Literatura esteja nos blogs, mas prefiro acreditar que as formas tradicionais sobreviverão, mesmo que armazenadas em silício e expostas por feixes de elétrons e materiais fosforescentes. Gosto da definição de Marcelo Rubens Paiva, de que o blog em si é um gênero à parte e que ainda está sendo definido.

Existe também a possibilidade de as duas formas conviverem em harmonia. Em parte, pode-se dizer que é o que ocorre hoje em dia. Assim como acontece com o cinema (o lugar) e sua magia, também o papel teria essa magia. E assim como assistimos filmes baixados e vamos aos cinemas, podemos ler, ora no computador (ou, Kindle Palm Top, Ipod, etc.), ora no papel. Como já fazemos com diversos tipos de leituras, mesmo que não literárias.
Porém, o papel tem um forte opositor. Muitos criticam os danos à natureza causados por esta indústria, dentre eles Bill Gates — um dos entusiastas da nova tecnologia. Para ser sincero, não sei exatamente qual é o dano causado por esse setor e nem o quanto a substituição pelo tipo reciclado poderia amenizar a situação, mas, sem delongas, acho um argumento ecológico bastante eloquente.
Enquanto isso fico tranquilo por não precisar cortar árvores para postar aqui.
