Foi com essa sensação que de repente eu quis escrever aquela poesia, que ficou guardada dentro de mim por tanto tempo, como uma metáfora feliz que de repente se liberta para ser sonhada por outras mentes e substituir toda aquela sede maldita por sexo por sede de arte ou quem sabe sede de amor, se tivermos sorte. Que sorte de pessoa era eu? Suspensa no ar, no vai-e-vem do meu peito errante. Queria eu poder querer outra coisa além desse nobre lixo que me restou; esse acúmulo de sentimentalizações torturantes.
- Quem mandou ler tantas poesias?
- Quem mandou admirar tantos maus exemplos?
Os bons exemplos hipócritas nunca me enganaram desde pequeno e os maus exemplos não hipócritas estão mais perto do bem. Os maus e hipócritas também existem, assim como os bons e não hipócritas (ou os verdadeiramente bons), mas esses últimos são tão raros que chego a temer pelo mundo.
Vou seguindo nessa estrada cheia de curvas e precipícios pra ver se um dia chego nalgum lugar que seja melhor aqui. O que me alegra e ou mesmo tempo me amedronta é que já estive em trechos piores dessa estrada.
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Um comentário:
Nunca devemos parar e só olhar com bons olhos o passado. Ele certamente foi detentor de períodos magnifícos e outros nem tanto assim. Lembro-me como fiquei triste ao deixar meus amigos e partir para uma nova jornada. A vida é assim, uma ruela cheia de flores ou espinho. Mas sei que um dia o "errado" será certo e não teremos mais variações ou desvios, só certezas :D
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